terça-feira, 11 de outubro de 2011

Procura.

Tumblr_ls27g5lvif1qh7a1to1_500_large" Senti um pequeno arrepio pelo corpo. Acordei. Algo me atormentava. Mal conseguia abrir os olhos devido ao sol que se encontrava mesmo na direcção da minha cara. Dei-me conta de que já não estavas ao meu lado. Com um pequeno e simples gesto afastei os lençóis do meu corpo, e levantei-me da cama daquele típico quarto. Procurei pelo resto da casa. Não estavas. Senti-me perdida. Caí sobre o chão da sala e ali permaneci durante algum tempo. Não pensei em mais nada se não em ti. Foste tu, apenas tu quem ocupou todos aqueles pensamentos, todas aquelas memórias, toda aquela mistura de sentimentos. Eras tu a razão daquele desespero todo. No meio de tantas lágrimas, de tantos pensamentos sombrios, de toda aquela tristeza que invadiu a sala onde tinha estado sentado durante aquelas horas, ouvi um som familiar. Era o meu telemóvel. Num pequeno impasse levantei-me e corri para o quarto. Dirigi-me perto do local de onde vinha aquele toque. Estava dentro da minha mala. Tirei-o de lá. Atendi na expectativa de receber noticias tuas. Não reconheci a voz que me falava. Mas depressa apercebi-me de que algo não estava bem. Aquela voz, parecida saída de um daqueles filmes de terror, disse-me que se queria saber de ti, tinha de ir á rua por onde costumávamos passear todas as tardes de sábado. As lágrimas escorriam-me pelos olhos, sem saber muito bem porquê. Apressadamente, peguei numa camisola preta e numas calças. Ajeitei minimamente o meu cabelo liso e castanho, e peguei na mala de onde tinha tirado o telemóvel. Corri escadas a baixo, abri a porta do prédio, e avancei o mais depressa possível pelas indicações que me deram. Andava na tentativa de te procurar. Deixaste-me ali sozinha, sem nenhuma justificação, sem nenhuma razão. Foste embora sem mais nem menos. Estava no meio da rua e mais uma vez, aquele pequeno aparelho que levava na mão voltou a tocar. Atendi. Mais uma vez aquela voz soou. Apenas me apercebi que estavam a dizer que te tinhas ido embora. Que já não havia nada a fazer. Já não te podia voltar a ter. Já não te ia sentir novamente. Não iria voltar a sentir-me protegida, feliz... Depois daquela pequena e curta conversa, desliguei. Parei naquele preciso lugar. Mais uma vez, o sol batia-me na cara, e olhar em frente estava certamente fora de questão. Vi-te partir ao longe. Não podia acreditar. Todas aquelas promessas foram quebradas por esses actos de pura incessibilidade, de puro egoísmo. Neste momento, depois de tanto tempo de isso acontecer, procuro paz. Procuro felicidade novamente. Procuro-me de novo. Este trabalho de procura começa a deixar-me sem forças para continuar a lutar. Sinceramente, já não sei se é possível voltar a sentir o mesmo de novo. ''

Imagem escolhida por: Izza Shocks.

Peço desculpa por este texto, um pouco para o estranho, mas sinceramente esta imagem era muito dificil :s

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